Psoríase é uma doença inflamatória da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente, com incidência genética em cerca de 30% dos casos, podendo também estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente.
Essa doença de pele é caracterizada por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que geralmente aparecem no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. A psoríase não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.
TIPOS DE PSORÍASE
– Psoríase vulgar: Lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
– Psoríase invertida: Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
– Psoríase gutata: Pequenas lesões em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
– Psoríase eritrodérmica: Lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo;
– Psoríase ungueal: Surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas, principalmente nas unhas das mãos;
– Psoríase artropática: Em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho;
– Psoríase postulosa – aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos ou espalhadas pelo corpo;
– Psoríase palmo-plantar: as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
FATORES DE RISCO
Além do fator genético, alguns riscos podem aumentar as chances de uma pessoa adquirir a doença ou piorar o quadro clínico já existente, tais como:
– Histórico familiar: De 30% a 40% dos pacientes com psoríase têm histórico familiar da doença;
– Estresse: Pessoas com altos níveis de estresse possuem sistema imunológico debilitado que facilita o aparecimento da doença;
– Obesidade: Excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver a doença. A psoríase invertida é mais comum em pessoas negras e HIV positivos.
– Tempo frio: Com a baixa temperatura, a pele fica mais ressecada e a psoríase tende a piorar. A inflamação na pele tende a melhorar com a exposição solar;
– Consumo de bebidas alcoólicas;
– Tabagismo.
SINTOMAS DE PSORÍASE
– Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
– Pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós lesões;
– Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
– Coceira, queimação e dor;
– Unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes;
– Inchaço e rigidez nas articulações;
– Em casos de psoríase moderada, pode apresentar apenas um desconforto por causa dos sintomas;
– Nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente;
– Os sintomas variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença.
TRATAMENTO PARA PSORÍASE
Psoríase não tem cura, mas há tratamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente. Não formas de prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência.
Os tratamentos mais comuns são:
– Tratamento tópico: medicamentos em cremes e pomadas, aplicados na pele. Podem ser usados em conjunto com outros tratamentos ou sozinhos, em casos de psoríase leve;
– Tratamentos sistêmicos: remédios em comprimidos ou injeções, normalmente indicados para pacientes com psoríase de moderada a grave e/ou com artrite psoriásica;
– Tratamentos biológicos: medicamentos injetáveis indicados para o tratamento de pacientes com psoríase moderada a grave;
– Tratamento por Fototerapia: exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica. O tratamento deverá ser feito por apenas profissionais especializados.
RECOMENDAÇÕES
– Evite o ressecamento da pele utilizando bastante hidratante;
– É importante pegar um pouco de sol pela manha ou fim da parte, lembrando-se de passar creme hidratante ou terapêutico;
– Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
– Evite o estresse e o esgotamento emocional;
– Lembre-se que a psoríase não é contagiosa e você não precisa se isolar do mundo;
É imprescindível consultar regularmente um dermatologista e seguir o tratamento e orientações à risca. Isso o ajudará a controlar as crises.
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Disponível em: Psoríase https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/psor%C3%ADase-e-doen%C3%A7as-descamativas/psor%C3%ADase. Acesso em: 22 de Novembro de 2019